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O último reino

17 de maio, 2016 - por Max Franco

Ultimo_Reino

Ben Hur, Quo Vadis, Gladiador, Coração Valente, Rob Roy, Spartacus, Os Bórgias, Vikings … O que estas produções têm em comum? A resposta é simples: São todos épicos.

Sempre adorei épicos.

Meu pai me acordava de madrugada para assistir às antigas produções de Hollywood na famosa Sessão de gala. Fico pensando como o Velho seria feliz nestes tempos de netflix e canais pagos. Desde muito cedo, portanto, me tornei um adicto em narrativas de tempos (muito) passados. O imenso sucesso de Game of thrones é uma prova que nada é tão presente hoje em dia quanto o passado. Desde que esse passado seja bem contado.

Estou certo de que, ficções desta natureza, sempre vão atrair público pela necessidade de sonhar, de se deixar embalar pela fantasia, de se evadir, que todos temos. Histórias ambientadas em lugares distantes, com culturas exóticas e fornidas de séculos são sempre boas pedidas ( desde que não sejam estreladas pelo Nicolas Cage!).

Venho aqui para indicar mais uma: O último reino.

O título homônimo vem do primeiro livro do célebre escritor britânico Bernard Cornwell. “O último reino” é o primeiro volume de 8 já escritos e traduzidos para o português das Crônicas saxônicas. Cornwell é um especialista em embates bélicos situados na Inglaterra e tem livros muito aclamados no mundo inteiro, como as séries “As aventuras de Sharpe”, “A busca do graal” e “As crônicas de Artur”. Pelo que afirmam, o autor amou o resultado da adaptação.

Na série da BBC, a primeira temporada com 8 capítulos trata dos primeiros anos de Uhtred de Bebbanburg (Alexander Dreymon), um nobre saxão nascido na Nortúmbria, reino no norte da Inglaterra, mas criado pelos invasores vikings após ser sequestrado. Uhtred que deve decidir em qual lado dessa guerra irá se posicionar, enquanto almeja reconquistar Bebbanburg, fortaleza ancestral de sua família.

Pelo que dá para se observar na primeira temporada, devemos torcer pelas sequências, afinal,  todos os livros da série Crônicas Saxônicas são recheados de muito sangue, lutas, batalhas e intrigas reais, como, naturalmente, se espera de uma ficção que trate da Alta Idade Média.

A adaptação deve se manter no mesmo tom dos livros, retratando as lutas entres os saxões e os dinamarqueses pelos territórios que um dia se tornariam a Inglaterra durante o reinado de Alfredo, o Grande, de Wessex, nos séculos IX e X. Confira sem medo. (Ou com algum!)