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O que é ESG e o que storytelling tem a ver com isso?

15 de julho, 2022 - por Max Franco

Viver sempre traz novidades. Obviamente, não só novidades, porque, na maioria do tempo, lidamos mesmo é com o velho, o velho atualizado, cotidiano, o velho dia-a-dia, as coisas com as quais estamos acostumados. Nem sempre gostamos delas, nem sempre as queremos na nossa agenda, mas estão todas lá, aqui, acolá, diante de nós e nos dando, diariamente, oi.

Todavia, ocorre também, de vez em quando, algum evento novo. Algo que nos inquieta e põe uma baita interrogação na cabeça. Pois foi isso que uma sigla me fez. Afinal, o que significa ESG e por que essas três letras hoje ganham tanta importância, principalmente, no mundo corporativo?

E por qual motivo o método do storytelling pode ser fundamental para a sua introdução nas empresas?

Antes de tudo, é bom compreender o que significa cada letra do acrônimo “ESG”:

– A sigla vem do inglês Environmental (Ambiental, E), Social (Social, S) e Governance (Governança, G). No Brasil, também chamamos de ASG. Mas a verdade é que essas três letrinhas praticamente substituíram o termo sustentabilidade no mundo corporativo.

Responsabilidade ambiental, social e de governança são temas comuns, mas eram debatidos individualmente. O conceito de ESG uniu as três práticas tornando-se um manual para empresas e corporações que pretendem se manter em uma trilha de crescimento responsável. O interesse por ESG ocorreu em duas frentes: os consumidores passaram a procurar mais produtos e serviços de empresas que se preocupam com as práticas e os investidores, ao mesmo tempo, passaram a priorizar, e pagar mais, por ações de empresas que praticam o ESG.

Nas grandes empresas, de capital aberto, a prática passou a significar um gatilho de consumo: os clientes passaram a preferir, mesmo que não de forma completamente consciente, empresas que assumem a responsabilidade de alinhar suas ações às recomendações do ESG. A Apple, por exemplo, tomou atitudes drásticas: de prometer emissões neutralizadas de carbono até 2030, novos produtos construídos com material reciclado, reports de responsabilidade na fabricação dos produtos, até medidas controversas como a remoção do adaptador de recarga das caixas dos iPhones – que foi adotada também por outras empresas, como Google, Samsung e Xiaomi.” (Startse, 14.12.21)

 

Cada vez mais companhias de todo o planeta têm se dado conta de que adotar medidas de cuidado com o meio ambiente, de responsabilidade social e melhores práticas de governança são trunfos que trazem dividendos e mais dividendos para as empresas. Do ponto de vista do consumidor, essa realidade é ainda mais real porque, cada vez mais, os clientes buscam empresas que se dedicam a temas socioambientais. A consultoria Nielsen fez uma pesquisa em 60 países demonstrando que 66% das pessoas estão dispostas a pagar mais por produtos e serviços de companhias comprometidas com as práticas de ESG.

No mundo atual, ESG é uma oportunidade de criação de valor, por isso a falta de atenção ao ESG também pode acarretar perdas de investimentos. De tal forma que, cada vez mais, o ESG se torna uma exigência do mercado global.

As empresas brasileiras já começaram a se mover para se adaptarem aos critérios do ESG. Há centenas de startups, inclusive, orientadas para surfar essa onda que demonstra perenidade. 

Por que a inserção do storytelling é fundamental para o ESG?

Porque manuais são bons para criar processos e estratégias, mas storytelling é a única forma de se criar e se instalar uma Cultura.  

E, como sabemos, a Cultura devora a estratégia no café da manhã. (Peter Drucker)

É com o storytelling, afinal, que podemos convencer as pessoas e sem pessoas, de fato, convictas não mudanças, nem de mentalidade, nem de práticas. As histórias servem, no mundo corporativo, para  construir um espírito de grupo, preservar e difundir a história da empresa, criar uma identidade de marca, transmitir conceitos e valores para uma equipe, promover a inovação, partilhar visões; convocar para a ação, criar empatia, humanizar as relações, encantar clientes, motivar grupos e inspirar as pessoas.

O storytelling, portanto, servirá para persuadir, ainda mais, público, profissionais e empresários a aplicarem o ESG no seu cotidiano. Afinal, pautas podem ser determinadas por comandos. Mas, mentalidades, nem sempre. A cultura de uma empresa é mais do que processos e hierarquias. Cultura é, de fato, o que se pensa e que se faz.

É o que se crê. Crenças – como sabemos – são definidas por narrativas. 

Quer então criar uma cultura de ESG na sua empresa?

– Conte uma boa história!